O Que é Inflação – Tudo o Que Você Precisa Saber

Entender o que é inflação, suas causas e consequências é fundamental para navegar no mundo financeiro de forma consciente.

A inflação é um conceito econômico essencial que afeta a vida de todos, desde o preço do pão até o valor do aluguel.

A inflação, tecnicamente, é representada por um índice que mede como os preços, de maneira geral, estão variando na economia.

Essa variação é representada em porcentagem e diz respeito à média dos preços de vários produtos, em determinado período.

Os preços não sobem de maneira uniforme, ou seja, alguns produtos podem ficar mais caros, mais baratos ou continuar com o mesmo preço.

O Que é Inflação

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A inflação é o aumento geral dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo.

Imagine que no ano passado, você comprava um pão por R$1,00.

Hoje, o mesmo pão custa R$1,20.

Essa diferença de R$0,20 representa uma inflação de 20% no preço do pão.

Ou seja, é quando o seu dinheiro compra menos do que costumava comprar.

Esse fenômeno reduz o poder de compra da moeda, impactando diretamente no bolso das pessoas.

Como Medir a Inflação

A inflação tem um impacto direto em diferentes aspectos da vida dos consumidores, desde a alimentação básica até o preço de imóveis.

Por isso, a inflação não é medida apenas por um índice.

No Brasil, entre os vários índices que medem a inflação, o principal para calcular o seu valor oficial é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Esse indicador é chamado de amplo porque tem o objetivo de abranger 90% da população urbana no país e é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA determina a inflação de produtos e serviços do varejo consumidos por famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos, levando em consideração os valores de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população, como…

  • Habitação.
  • Vestuário.
  • Despesas Pessoais.
  • Transporte.
  • Comunicação.
  • Alimentação.
  • Saúde e Educação.

Os pesquisadores do IBGE entrevistam as famílias para saber onde e o que mais compram.

A partir dessa lista, são estipulados quais itens vão entrar na cesta de produtos mais consumidos pela população e o peso que cada um deles terá para o cálculo da inflação.

O preço do arroz, por exemplo, presente em quase todas as mesas brasileiras, terá um peso maior no cálculo do IPCA do que o preço do macarrão.

Quanto mais consumo de um produto, maior será o seu peso.

Feita a determinação de itens mais consumidos, os pesquisadores organizam outro relatório, desta vez com os comércios onde será feita a checagem de preços dos produtos mais consumidos.

Com todos os dados reunidos, os técnicos do IBGE chegam aos valores dos índices para um determinado período.

Além do IPCA, existem outros índices que ajudam a medir a inflação em diferentes setores do comércio de bens e serviços, como…

  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
  • Índice Geral de Preços (IGP).
  • Índice de Preços no Atacado (IPA).

Esses índices medem os preços de bens e serviços de formas distintas, cada um de acordo com o seu método.

Índices de Inflação

Para medir a inflação, os economistas usam diferentes índices.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Mede a variação de preços de uma cesta de bens e serviços consumidos pelas famílias.

Índice de Preços no Atacado (IPA)

Avalia a variação de preços de bens vendidos em grandes quantidades e comercializados entre empresas.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Uma versão do IPC usada no Brasil como referência para a inflação oficial.

Causas da Inflação

Existem diversas causas para a inflação, mas as principais são…

Demanda Agregada

Quando a demanda por bens e serviços cresce mais rápido do que a capacidade de produção da economia, os preços tendem a subir.

Ou seja, a procura é maior do que a disponibilidade.

Custos de Produção

Aumentos no custo de matéria-prima, mão-de-obra e outros insumos podem levar as empresas a repassar esses custos para os consumidores através do aumento dos preços.

Inflação de Custos

Quando as empresas aumentam os preços para manter a sua margem de lucro, mesmo sem a demanda aumentar.

Política Monetária (Expansão da Moeda)

A quantidade de dinheiro em circulação na economia, controlada pelo banco central de um país, pode influenciar a inflação.

Se muito dinheiro estiver disponível, os preços tendem a subir.

Efeitos da Inflação

A inflação pode ter várias consequências negativas, como…

Perda do Poder de Compra

Com a inflação, o mesmo valor de dinheiro compra menos bens e serviços, reduzindo o poder de compra das pessoas.

Redistribuição de Renda

A inflação pode afetar de maneira desigual diferentes grupos sociais, beneficiando alguns enquanto prejudica outros.

Desestímulo ao Investimento

Investidores podem ficar relutantes em investir em uma economia com inflação alta e instável, o que pode prejudicar o crescimento econômico.

Impacto sobre os Investimentos

A inflação pode corroer o valor de investimentos de renda fixa, como títulos e poupança, se os retornos não acompanharem a taxa inflacionária.

Tipos de Inflação

As categorias de inflação giram em torno de como a subida dos preços ocorre ou como os efeitos são sentidos na economia.

Inflação de demanda

Acontece quando a procura é maior do que a oferta.

Ou seja, há mais pessoas interessadas em adquirir um produto ou serviço, do que a capacidade de fabricação do mesmo.

Inflação de Custos ou Inflação de Ofertas

Causada pelo aumento dos custos de produção, como matéria-prima, energia, salários, entre outros.

Esse aumento é repassado para o consumidor, logo, gera um aumento generalizado dos preços de determinadas mercadorias.

Inflação Estrutural

Originada de problemas inerentes à economia de um país.

Existem vários fatores para isso acontecer, como falta de investimentos em infraestrutura, baixa produtividade, falta de competição em setores importantes e desigualdades sociais.

Esses problemas podem afetar a oferta de bens e serviços na economia e levar a um aumento de preços, embora não tenha muita demanda.

Por exemplo, se a produtividade é baixa, fica difícil reduzir o custo de produção e ao mesmo tempo manter o preço de um produto.

Inflação Espiral

A inflação espiral acontece quando os trabalhadores recebem aumento de salário para recompor o seu poder de compra.

Com mais dinheiro, eles também poderão gastar mais.

Com aumento de gastos, mais dinheiro circula na economia.

Com isso os produtores também vão precisar aumentar o preço das suas mercadorias, porque terão mais custos com mão de obra.

Isso acontece por causa do aumento de salário dos trabalhadores, o que provoca mais inflação e assim sucessivamente, gerando um fenômeno conhecido como espiral inflacionária.

Inflação Inercial (Memória Inflacionária)

A inércia é o processo relacionado à expectativa da inflação conhecida como “memória inflacionária”.

Por exemplo, no ano passado a inflação subiu X%, então eu acredito que nesse ano será esse valor aproximado. 

Ou seja, quando uma empresa acredita que a inflação vai subir e precifica os produtos antes de existir o aumento real.

Inflação Reprimida

Ocorre quando o governo coloca em prática a política  de congelamento de preços ou determinação de preços máximos pelos produtos ou serviços.

Imagine o custo de fabricação de um ventilador a R$50,00 por unidade.

Se o governo determinar que o preço máximo de venda para esse produto deve ser de R$25,00 por ventilador, porque o fabricante deveria continuar produzindo com esse prejuízo?

Sem incentivos e lucro para produzir, os produtores abandonam o mercado, gerando escassez.

Inflação Global

Acontece quando várias economias no mundo registram aumento dos seus índices de inflação de modo simultâneo.

Isso significa que os preços estão aumentando em diversos países ao mesmo tempo.

Hiperinflação

Nesse caso acontece um descontrole inflacionário.

Como se Proteger da Inflação

A inflação é um problema sério para valores fixados por contrato, como salários, aluguéis, mensalidades escolares, etc.

Por exemplo, no caso do salário é fixo, se a inflação aumentar, o poder de compra do seu salário vai diminuir ao longo do tempo.

Mas esse problema somente vai acontecer se a inflação ficar acima do esperado.

Ou seja, se as pessoas acreditam que a inflação será alta, elas podem pedir reajuste nos seus contratos.

Para se proteger dos efeitos da inflação, considere algumas estratégias.

Investir em Ativos Reais

Ativos como imóveis, commodities e ações podem proteger o seu patrimônio contra a inflação, já que seus valores tendem a aumentar com os preços.

Diversificação de Investimentos

Distribuir os seus investimentos em diferentes classes de ativos pode ajudar a mitigar os riscos associados à inflação.

Títulos Indexados à Inflação

Certos títulos, como Títulos do Tesouro Nacional (Tesouro IPCA+) no Brasil, são indexados à inflação e oferecem proteção contra a perda de poder de compra.

Manter Liquidez

Ter uma reserva de emergência em ativos líquidos pode ajudá-lo a lidar com aumentos súbitos de preços.

Controlar os Seus Gastos

É importante ter um orçamento e controlar os seus gastos para evitar que a inflação afete negativamente o seu orçamento familiar.

O Papel do Banco Central

No Brasil, o Banco Central é responsável por controlar a inflação.

Para isso, ele usa diversos instrumentos, como a taxa básica de juros (Selic).

Ao aumentar a Selic, o Banco Central torna o crédito mais caro, o que pode ajudar a reduzir a demanda e, consequentemente, a inflação.

Conclusão

A inflação é um fenômeno complexo que pode ter diversos efeitos na economia e na vida das pessoas.

É importante entender como a inflação funciona e quais são os seus efeitos para se proteger dos seus impactos negativos.

Ao ficar atento às mudanças nos preços e às políticas econômicas, você pode mitigar os efeitos negativos da inflação e garantir a saúde financeira no longo prazo.

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