O Que é Previdência Privada: Tudo o Que Você Precisa Saber

A previdência privada é uma alternativa para quem busca complementar a aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou mesmo alcançar outros objetivos financeiros de longo prazo.

Um plano de previdência é uma excelente ferramenta para o planejamento financeiro, podendo ser usado para garantir uma aposentadoria tranquila, realizar sonhos ou diversificar os seus investimentos.

Trata-se de uma ferramenta financeira que complementa a aposentadoria oferecida pelo governo, ajudando na construção de uma renda futura.

O Que é Previdência Privada?

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A previdência privada é um tipo de investimento privado oferecido por instituições financeiras, como bancos e seguradoras, destinado à formação de uma reserva para o futuro.

Diferentemente do INSS (previdência pública), gerida pelo governo e de caráter obrigatório, a previdência privada é opcional e funciona como um complemento à aposentadoria tradicional.

Ela é de caráter complementar e funciona como um contrato entre o investidor e a instituição.

Este tipo de aplicação é estruturado como um plano de previdência que reúne contribuições feitas pelo investidor ao longo do tempo, as quais são aplicadas em fundos de investimento para gerar rendimentos.

Resumidamente, a previdência privada é uma aposentadoria particular, que não está ligada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), instituição que cuida das aposentadorias dos cidadãos brasileiros.

Como Funciona a Previdência Privada

O funcionamento da previdência privada se baseia em contribuições feitas ao longo do tempo, que são investidas em fundos de investimento.

Ao final do período estipulado, o investidor pode receber o valor acumulado em forma de renda mensal, saque único ou uma combinação dos dois.

Também é importante mencionar que previdência privada é subdividida e organizada em partes, como você pode ver a seguir:

Forma de Organização

  • Aberta e Fechada.

Tipo de Plano (dentro da Previdência Aberta)

  • PGBL e VGBL.

Fase do Plano

  • Acumulação e Fruição/Usufruto.

1. Forma de Organização

Existem duas modalidades de previdência privada no país: a fechada e a aberta.

Aberta (Previdência Individual):

  • Disponível para qualquer pessoa.
  • Oferecida por bancos e seguradoras.
  • Exemplos: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
  • Segue as regras estabelecidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão do Ministério da Fazenda responsável pela fiscalização do segmento.

O grande benefício desse tipo de investimento é não haver uma frequência obrigatória de aportes, ou seja, o investidor pode escolher quando e quanto deseja investir.

Embora algumas instituições possam requerer um valor mínimo de entrada no plano, há outras que não impõem essa exigência.

Isso significa que qualquer pessoa pode fazer um plano de previdência e começar a investir nele ao longo dos anos.

Fechada (Fundo de Pensão):

  • Também conhecida como fundo de pensão.
  • Não está disponível para o público em geral.
  • Oferecida exclusivamente por algumas empresas e entidades de classe para seus funcionários e associados.
  • Administrada por Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).
  • Segue as regras estabelecidas pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), também ligada ao Ministério da Economia.

2. Quanto à Fase do Plano

Existem duas fases principais na previdência privada (acumulação e usufruto).

Acumulação:

  • Período em que o participante faz contribuições (mensais ou esporádicas) para formar um montante, que são aplicados em fundos geridos pela instituição responsável.
  • Pode durar anos ou décadas, dependendo dos objetivos de aposentadoria.
  • O objetivo é acumular um patrimônio ao longo dos anos.

Benefício (Fruição ou Usufruto):

  • Fase em que o participante começa a receber os benefícios.
  • Após o período de acumulação, o montante pode ser resgatado de uma só vez, parcial ou convertido em uma renda mensal, conforme o plano escolhido.
  • Os fundos de previdência são protegidos por regras específicas, mas não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que pode ser um fator importante a ser levado em consideração.

3. Quanto ao Tipo de Plano

Aqui é importante mencionar que esse tipo classificação existe apenas dentro da previdência privada aberta.

PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)

  • Indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda (IR).
  • O valor depositado mensalmente pode ser deduzido e, com isso, é possível aumentar a restituição no Imposto de Renda.
  • Ou seja, o consumidor recebe de volta o dinheiro que pagou de imposto ao longo do ano.

VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre)

  • Indicado para quem faz a declaração simplificada do IR ou não declara.
  • No resgate, o imposto incide apenas sobre os rendimentos, e não sobre o valor total.
  • Ou seja, o valor depositado como contribuições fica livre desse desconto.

Tributação

Tabela Progressiva

A renda será tributada de acordo com a tabela de rendimentos tributáveis vigente do imposto de renda da pessoa física.

Pode haver ajuste na declaração anual do titular do plano.

Tabela Regressiva

A seguradora calculará a alíquota a ser aplicada em função do tempo de permanência de cada contribuição no plano.

A opção pela tributação é feita na contratação do plano e a retenção é na fonte de forma definitiva.

Vantagens

  • Disciplina Financeira: Promove o hábito de poupar regularmente.
  • Benefícios Fiscais: Dedução no IR (para PGBL).
  • Flexibilidade: Escolha entre renda mensal vitalícia ou resgate total.
  • Planejamento Sucessório: Facilita a transferência de patrimônio para herdeiros sem necessidade de inventário.

Desvantagens

  • Custos Elevados: Taxas de administração e carregamento podem reduzir a rentabilidade.
  • Não é Coberto pelo FGC: Em caso de falência da instituição financeira, os valores investidos não são protegidos.
  • Liquidez Limitada: Resgates antecipados podem incorrer em custos ou perdas de benefícios fiscais.

Como Investir em Previdência Privada

  1. Defina Objetivos: Determine se o plano será para aposentadoria ou outros fins.
  2. Escolha o Tipo de Plano: Decida entre PGBL ou VGBL, considerando sua situação tributária.
  3. Avalie o Fundo: Verifique o perfil de risco do fundo (conservador, moderado ou agressivo).
  4. Compare Taxas: Analise as taxas de administração e carregamento entre diferentes instituições.
  5. Acompanhe Regularmente: Revise seu plano periodicamente para ajustá-lo às suas necessidades.

Fundo de Previdência (vs) Plano de Previdência Privada

É preciso deixar claro que fundo de previdência é diferente de plano de previdência.

O plano será o produto adquirido pelo investidor, e o fundo de previdência é o veículo de investimento.

Todo investidor que contrata um plano de previdência privada tem seu dinheiro direcionado para um fundo de previdência.

Para facilitar o entendimento, imagine que os fundos de previdência funcionam de forma semelhante aos fundos de investimento.

A principal diferença está no objetivo:

  • Fundo de investimento pode ter diversas finalidades.
  • Fundo de previdência é voltado especificamente para ter dinheiro na aposentadoria.

Por esse motivo, o período em que o investidor contribui e acumula recursos é chamado de fase de acumulação, e o período em que ele passa a utilizar o dinheiro é conhecido como fase de usufruto.

(Conclusão)  Previdência Privada é um Título?

Antes de concluir é importante reforçar, que a previdência privada não é um título financeiro.

Trata-se de um produto de investimento oferecido por instituições financeiras, como bancos e seguradoras, destinado a acumular recursos para objetivos futuros, especialmente a aposentadoria.

Diferentemente de títulos de renda fixa, a previdência privada funciona como um plano de longo prazo, baseado em aportes regulares ou eventuais, que são aplicados em fundos de investimento geridos pela instituição.

A previdência privada é uma ferramenta valiosa para quem busca planejar o futuro financeiro de maneira independente e complementar a aposentadoria tradicional.

Apesar de suas vantagens, como benefícios fiscais e flexibilidade, é essencial estar atento aos custos envolvidos e à ausência de proteção pelo FGC.

Avaliar cuidadosamente suas opções e adaptar o plano ao seu perfil financeiro são passos fundamentais para obter os melhores resultados.

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